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Sem caça nas florestas, indígenas conhecem técnica de reprodução em cativeiro em universidade do Acre


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Índios de nove etnias do Acre estiveram na Universidade Federal do Acre (Ufac) para conhecer técnicas de reprodução em cativeiros de animais silvestres. A ideia surgiu após a falta de animais nas florestas para caça.

“Ano passado a gente não visava isso, até porque tínhamos muita caça. Agora, nesse momento, a terra indígena, que antes era grande, está ficando pequena por causa da população crescendo. Com, essa população a gente tira mais alimentos da floresta. A tendência é acabar, se a gente não tiver outra estratégia”, lamentou o agente florestal Antônio José Barbosa.

O problema também vem de fora da aldeia. Segundo o agente florestal Ismael Chanenawa, os indígenas dizem que encontram armadilhas no meio da floresta para captura em grande escala dos animais silvestres. Ação do homem da cidade.

“Até prensa temos encontrado em nossa terra indígena. É uma prensa que eles fazem para a carne ficar mais maneira, para que possam tirar da mata em grande quantidade”, contou.

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Uma das carnes mais procuradas é da paca, mas o problema é que ela reproduz pouco, uma ou duas crias, no máximo, por ano. Por isso, fica mais difícil encontrar um animal desse solto na natureza.

Na visita, a pesquisadora Vânia Ribeiro explicou como devem ser os espaços que devem ficar as matrizes que os animais se alimentam e o tempo que podem ser abatidos.

“À medida que esses criatórios vão crescendo e desenvolvendo, a gente diminuía também a pressão de caça, porque vamos ofertar para o mercado aquilo que ele quer, mas de forma legal com autorização dos órgãos ambientais”, afirmou.

Um grupo de indígenas espera levar para as aldeias uma esperança de sobrevivência dos povos dentro das florestas. “Preservar porque gente pensa no futuro”, concluiu Chanenawa.

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